sábado, 17 de novembro de 2012
Vai me machucar outra vez, como todos os dias, como
em todas as horas. Vai fingir que me ama e eu vou acreditar de novo, e
de novo, até a lágrima cair. Vai ressurgir assim, com sorriso nos
lábios, passos leves e a vida resolvida. Vai me prender no tormento dos
dias ruins e me fazer prometer até os meus últimos centavos pela sua
felicidade, mas logo partirá, como parte todos os dias. Vejo, e vejo
muito. Vejo você de mão em mão, longe de mim. Vejo você, de tristeza à
felicidade, saindo de si e esquecendo de mim. Vai me machucar outra vez,
como eu me prometi que não mais machucaria. Mas eu gosto, eu devo
gostar de martírios. Eu devo te amar. E se queria um texto romântico,
encaixe-se na minha dor.
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