sábado, 7 de janeiro de 2012
Vem e volta. Liga. Some. Fala e eu fico feliz. Provoca. Entristeço-me. Me liga, não atendo. Esfria-me, eu ligo. Recusa. Retorna. Combina. Eu gosto. Gosto mais. E mais. Aparece na minha casa. Senta na minha sala. Conversa com meu cachorro. Conhece meus amigos. Me abraça. Me congela. Me afasto. Me tremo. Ele respira, me conforta e tenta. Um, dois, três beijos. Me esquivo. Me conta suas histórias. Eu conto minhas astúcias. Fica bobo e me prende em seu colo. Não reajo. Deita minha cabeça em seu ombro, enquanto imagino uma vida inteira. Eu ameaço querer beijá-lo, ele percebe e também quer. Fujo do beijo e saio do seu abraço mudando de assunto. Uma ligação. Hora de ir. Aquele tchau interminável, cheio de "eu te amo" e o pedido de fica mais 10 minutos. Ele diz. Eu fico. Ele brinca, provocando minha raiva. Falo sério. Fica pálido. Acredita. Me puxa pelo queixo. É delicado. Fantasio. Ele me beija. Tudo pára. Cena de filme. Ele pede. Eu aceito. Pega a chave e vai. Me inquieto. Sinto saudades. Vai e volta. Volta e fica. Fica e está aqui. Bem aqui ao meu lado.
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